
Como profissionais da comunicação, cada uma delas querem dar a notícia primeiro, querem receber a notícia primeiro. É notório. Na face de uma, a expressão do tipo: “eu tenho uma revelação bombástica”, no rosto de outra, aquela expressividade de: “eu não acredito que estou ouvindo isso”.
Cai a noite. Gargalhadas gostosas, cada uma volta pra sua casa, fecham as portas e aquele ar de satisfação por ter contado tudo, por ter ouvido tudo e por estarem bem informadas. O feijão já está cozido, os filhos voltam da escola, os maridos chegam do trabalho. Jantar. Na mesa, mais uma reuniãozinha, agora familiar. O marido conta o que ouviu no ônibus, os meninos contam sobre as novidades da escola e elas abrem a boca e repassam o que ouviram das colegas de porta. Telejornal, novela, cama. Apagam-se as luzes. Dormem. Mais uma edição fechada.
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