... era tão pequeno que brincava de corda bamba num galho de um jasmineiro. Um dia ele caiu dentro de uma flor que se fechou por 1 ano, quando ela abriu, saiu de lá, um lindo e grande garoto que falava doce e com hálito de jasmim.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
segunda-feira, 5 de julho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
. hoje é dia do vento
Hoje ventou muito, gosto do vento, é como se ele batesse em mim e levasse com ele tudo que amarga, assim como a chuva é capaz de lavar tudo que esta sujo. Não falemos da chuva, afinal, hoje é dia do vento, e de sol, e de azul, e de não-nuvem. Chuva, apenas das gotículas de água saídas do agoador de gramas, sopradas pelo vento, cortando o ar, iluminadas pelo sol. Arco-íris.
Unitri, 24 junho 2010, 10h45
noventoflutuomais.
sábado, 5 de junho de 2010
nofrioconfabulo.
Parecia uma igreja-museu, com dois compartimentos, na parte de baixo ficavam os bancos e o altar, na parte de cima ficavam as coisas que não consegui observar, vi apenas uma janela que dava para a lateral, e um oratório que tinha dentro uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida sorrindo e outras duas imagens de cada lado de outros santos que não consegui identificar ou simplesmente imagens de duas pessoas comuns. Todas as imagens eram pequenas e pareciam datar da época de criança. Nossa Senhora da Aparecida criança. Outros santos crianças ou crianças santas. O piso do compartimento de cima era feito de madeira e deixavam frestas donde se observava o compartimento de baixo, as madeiras eram bem frágeis, frágeis ao ponto de deixar quem estivesse em cima com o corpo travado, escolhendo minuciosamente os movimentos dados. Fim.
Sonho da madrugada de 04 de junho de 2010
Em noites frias eu sonho mais.
nofrioconfabulo.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
. dezembro/setembro
desejo o caos,
a calamidade,
chuva forte de dezembro,
só para ver depois
as nuvens se disolvendo [céu limpo]
o sol que estonteia [luz do dia]
a água evaporando [mormaço]
e os passáros cantando,
tempo bom de Setembro.
a calamidade,
chuva forte de dezembro,
só para ver depois
as nuvens se disolvendo [céu limpo]
o sol que estonteia [luz do dia]
a água evaporando [mormaço]
e os passáros cantando,
tempo bom de Setembro.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
. dança do exorcismo
Há muita coisa para gritar, idéias guardadas prontas para saírem de dentro, tules coloridos enlouquecidos para saírem do baú. Caixinha de musica fechada, despertador sem campainha, coito interrompido. Eu grito, não grito, ensaio de grito. Algo arranha o peito, pede pra sair, não sai. Está contido, preso, no ponto. Coração quase rasgando a pele, anseios. Bomba relógio ambulante.
E vão mãos, e vão pés, braços e pernas, e vai tronco e quadril, alastrando, boca e olhos. O nariz suga o mundo, devolve o mundo, respiração. Um oceano saindo pelos poros, água salgada que sai e não volta, suor. Dança do exorcismo.
Eu grito. Eu grito Bolero de Ravel. Eu grito Por Una Cabeza. Eu grito Pink Floyd. Madona, grito também. E Caetano, Bethânia, e família Caymmi. Beirut e Cauby.
Sai, exala, vai embora, evapora, desencarna.
E vão tules coloridos, vários, muitos, milhares pelo ar, sem destino. A bailarina agora dança, louca, desvairada, música instrumental “Por Elise”. “Trins” estridentes de hora em hora. Gozo descontido, porra louca. Boca aberta, garganta livre. Choro, águas saídas do peito. Coração salta a boca, rasga o peito, cai no chão, convulso e sem grades. Corpo jogado ao chão, olhos cerrados, respiração decrescente, boca seca, camisa molhada, silêncio.
E vão mãos, e vão pés, braços e pernas, e vai tronco e quadril, alastrando, boca e olhos. O nariz suga o mundo, devolve o mundo, respiração. Um oceano saindo pelos poros, água salgada que sai e não volta, suor. Dança do exorcismo.
Eu grito. Eu grito Bolero de Ravel. Eu grito Por Una Cabeza. Eu grito Pink Floyd. Madona, grito também. E Caetano, Bethânia, e família Caymmi. Beirut e Cauby.
Sai, exala, vai embora, evapora, desencarna.
E vão tules coloridos, vários, muitos, milhares pelo ar, sem destino. A bailarina agora dança, louca, desvairada, música instrumental “Por Elise”. “Trins” estridentes de hora em hora. Gozo descontido, porra louca. Boca aberta, garganta livre. Choro, águas saídas do peito. Coração salta a boca, rasga o peito, cai no chão, convulso e sem grades. Corpo jogado ao chão, olhos cerrados, respiração decrescente, boca seca, camisa molhada, silêncio.
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